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As vezes que fui e nunca mais voltei

  • Foto do escritor: LÍCIA SILL
    LÍCIA SILL
  • 9 de fev. de 2020
  • 1 min de leitura

Os dias eufóricos e carregados me fazem lembrar de você e desde então instalou-se aqui um desejo ardente de viver a intensidade de uma forma contínua. Não pertenço a nenhum lugar da mesma forma que o tempo não pertence a ninguém. Não há como saber o que vai acontecer daqui pra frente mas há como esperar e dentre todas as possibilidades de fazer isso eu escolho a forma mais livre possível, pois basta a cada dia o seu próprio mal. Assim, será somente mais uma das vezes que eu fui e nunca mais voltei, as vezes que esbarrei comigo mesmo, as vezes que enxuguei minhas próprias lágrimas olhando-as no espelho. De todas as partidas até agora a mais dolorosa foi deixar de carregar um passado. Foi remendar os pedaços e fazer das peças uma nova esperança. Sabe por quê? Porque se trata de uma missão solitária, quando digo solitária é no real sentido da palavra. É não contar com ninguém para suturar seus pedaços caídos. Dessa forma, como a velha fábula das águias- que se isolam para se restaurarem- precisamos renascer, nos reinventar e dar início aos novos ciclos. Foi o passado remoto da alegria e felicidade infinita de um enlace. Hoje quase tudo tem prazo de validade, menos a nossa própria felicidade, essa por sua vez, deve ser constante mesmo nas inconstâncias que a vida apresenta.


 
 
 

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